(Melodia: Quão doce eu me lembro)
1
Desprezando as alegrias da terra
eu me tornei um prisioneiro
Eu vi que todo prazer é passageiro
Você é minha única felicidade
Senhor !...
2
Sob meus passos a grama está machucada,
A flor em minha mão murchou!...
Jesus, eu quero correr em seu prado
Nele não vai marcar
Meus passos!...
3
É apenas o seu amor que me move.
Meu rebanho eu deixo na planície
Para mantê-lo eu não me incomodo
Eu quero agradar meu único Cordeiro
New.
4
Jesus, tu és o Cordeiro que eu amo.
Tu me bastas, ó Bem Supremo!
Em ti tenho tudo, a terra e o próprio céu
A flor que colhi, ó meu Rei!
É você !...
5
Em você, eu tenho a bela natureza.
Eu tenho o arco-íris, neve pura
As ilhas distantes, a colheita madura
As borboletas, a alegre primavera
Os campos.
6
Eu tenho o navio fugindo da praia
O sulco dourado e a costa
Eu tenho sol recortando a nuvem
Como ele desaparece dos céus
Incêndios.
7
Você cuja mão sustenta os mundos
Quem planta as florestas profundas
Você que de relance os torna frutíferos
Você me segue com um olhar de amor
Sempre !....
8
Atraído pela chama suave
A borboleta voa e inflama
Então seu amor atrai minha alma
É nele que eu quero voar
Queimar !...
9
Eu já posso ouvi-lo ficando pronto
Meu Deus sua eterna festa
Aos salgueiros levando minha harpa muda
Bem perto de você eu vou sentar
Vê você.
10
Com você eu vou ver Mary
Os Santos, minha querida família...
Eu vou atrás do exílio desta vida
Encontre o teto paterno
Para o céu !...
Namorando: Março 1897
Destino: Abade Belliere
Ao copiar alguns de seus poemas para o abade Bellière, Thérèse remodela a poesia anterior. Ela o encurta mantendo apenas as estrofes 32, 33, 35-36, 41, 47, 50, 53-55, com variantes para 32, 41, 54, 55. O que o torna outro poema, mais denso que o PN-18.
